terça-feira, 31 de março de 2015

SEGURO PARA MOTOCICLOS



Várias seguradoras limitam a contratação do seguro de responsabilidade civil a clientes ou motards sem acidentes.

Quem anda de mota tem de contratar um seguro de responsabilidade civil de 1 milhão de euros, para danos materiais, e 5 milhões de euros, para danos corporais. Apesar de exigido por lei, nem todas as companhias aceitam a sua subscrição ou reservam-na para os seus clientes. Contratar o seguro de danos próprios, mais abrangente, é uma tarefa ainda mais difícil.

Coberturas mínimas e acessórias

As apólices de responsabilidade civil e danos próprios para motas são iguais às do seguro automóvel. A responsabilidade civil cobre os danos corporais e materiais involuntariamente causados a terceiros, até ao limite contratado. Se perder o equilíbrio e bater num carro parado na rua causando danos na chapa e na pintura, por exemplo, a reparação fica por conta da seguradora.
Se quiser viajar de mota para o estrangeiro, confirme, na Carta Verde, os países abrangidos pelo seguro. Caso o destino esteja excluído, contrate uma extensão territorial, cujo preço varia consoante a seguradora e o país.

Pela natureza do risco envolvido, muitas companhias recusam-se a subscrever seguros para motas, sobretudo se não for cliente, tiver registo de acidentes ou pouca experiência (menos de 25 anos e/ou carta há menos de 2). Caso lhe voltem as costas, reúna três declarações de recusa e apresente-as ao Instituto de Seguros de Portugal. Este tratará de nomear uma companhia para lhe fazer o seguro.
Para ficar protegido dos estragos provocados na sua mota, subscreva um seguro de danos próprios. Este cobre os prejuízos causados por choque, colisão, capotamento, incêndio, raio, explosão e furto ou roubo, quando não há um terceiro responsável. Se houver, é acionado o seguro do "culpado". Mas esta cobertura é muito difícil de contratar. Se todos os seus seguros estão numa companhia (por exemplo, carro, casa, vida e saúde), pode ser mais fácil negociar a contratação da cobertura de danos próprios para a mota. Ainda assim, conte com uma franquia de 20% do valor da mota. Outra solução é comprar o veículo em leasing. As locadoras exigem um seguro de danos próprios e, regra geral, disponibilizam aos clientes uma apólice da seguradora com a qual têm protocolo. O único inconveniente é ficar sujeito às condições impostas pela companhia. Em alternativa, pode recorrer a um mediador. Por vezes, é mais fácil e barato.


Segurança a preço de ouro

O seguro de responsabilidade civil para motas e carros rege-se por uma apólice uniforme, definida por lei. Como é igual em todas as companhias, basta comparar o preço e, se possível, a qualidade do serviço. A maioria das seguradoras define duas classes de cilindrada, às quais correspondem prémios diferentes: até 500 centímetros cúbicos ou mais. Algumas definem classes de 250 centímetros cúbicos ou inferiores.

Regra geral, motards residentes em zonas de pouco risco, como Portalegre ou Beja, têm desconto de 5% a 25% no prémio do seguro. Já os condutores com acidentes, além da dificuldade em contratar, veem o prémio agravado. Pode chegar aos 200%, dependendo do número de sinistros participados. Tal como no seguro automóvel, os mais penalizados são os condutores jovens e com pouca experiência. Mesmo que consigam contratar o seguro, o que nem sempre é fácil, são obrigados a pagar cerca de 40% mais.

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