segunda-feira, 7 de abril de 2014

Á PENDURA COM NUNO OLIVEIRA - DIRETOR DE MARKETING EMPRESA NOBRINDE


Boa tarde Nuno Oliveira, e obrigado por aceitares o convite para participar na rubrica “Á BOLEIA COM…”!

Alerto desde já que a minha Sym wolf tem apenas 125Cc de potência, mas não é por isso que vai deixar de sentir “verdadeiras emoções”, em cada reta, a cada curva que é esta estrada da vida!





José Sousa:
Nuno, a frase não é minha mas “tentar não significa conseguir, mas todos os que conseguiram, um dia tentaram”! O Nuno Oliveira frequentou na faculdade Fernando Pessoa, o curso de licenciatura em Marketing, mesma faculdade em que a minha mulher, Elisabete Ferreira, concluiu licenciatura em Psicologia. Entretanto quando pensamos ter todas as respostas, a vida encarrega-se de alterar todas as perguntas... A vida traz-lhe a tal prenda da paternidade e tudo se altera! Foi neste momento que se deu aquele click de empreendedor, o início de uma empresa de sucesso – a Nobrinde? O Nuno tentou e conseguiu! Descreve-nos um pouco mais sobre isto…

Nuno Oliveira:
Já vi que fizeste bem o tpc..... realmente foi o facto de ter a minha primeira filha ainda na universidade.., a Patricia, que nos fez acelerar um pouco a lógica da vida, e hoje em dia orgulho-me bastante e fico muito satisfeito por ter começado cedo....



José Sousa:
Uma frase curiosa: “Se as filhas tomarem conta dos brindes, ele é homem para se dedicar ao "poker"? – porquê o Poker? Encaras a vida como um jogo, em que em cada naipe de cartas recebido é preciso interpretar e definir a melhor estratégia?

Nuno Oliveira:
hahahahhha... nao nada disso... na verdade jogo poker todas as 6ºas com uma turma de amigos e é um escape como outro qualquer.... é uma boa forma de estar com amigos, beber umas cucas e falar desbarato todas as semanas.



José Sousa:
Muito de fala de crise! Nos telejornais, na imprensa… um pouco por todo o lado existem os “instaladores do medo”! Como têm vivido ou sentido, enquanto pessoa e empresa, este clima económico financeiro menos favorável? Uma mensagem de esperança para quem se vê numa situação de flagelo como o desemprego?

Nuno Oliveira:
Quando isto tudo começou em 2010 a nossa facturação caiu num ano 30% e fiquei todo amedontrado com o que poderia vir de futuro.... então peguei nas maquinas que estavam a mais pela redução de facturação e enchemos um contentor de maquinas que enviamos para o Brasil.....
quando chegamos ao Brasil alugamos um armazém e fiquei la 2 meses a abrir a empresa nova a partir do zero com mais 5 elementos de portugal e o resto contratamos lá. O stress durou pouco porque 6 meses depois ja tinhamos vendido a empresa e as maquinas regressaram todas..... mas fiquei na duvida como é que um gestor com 25 anos de experiencia no sector dá na louca e faz uma asneirada dessas numa altura de desespero.... 


Penso que ja passou a maior turbulencia e que nos Portugueses estamos mais do que preparados para enfrentar os proximos anos que se seguem..... fomos obrigados a gerir melhor as finanças, a puxar mais pela cabeça, a nos desenrascarmos e reinventarmos a forma de viver.....



José Sousa:
Redirecionando a conversa para o tema das 2 rodas, já te surgiram ideias de negócio enquanto conduzias a tua moto? Chegaste a implementar alguma delas?

Nuno Oliveira:
Eu tento não pensar em nada enquanto conduzo..... e tentar me concentrar na estrada..... o grande problema que vejo para quem anda regularmente de mota é precisamente o facto de ligar o automático e deixar a mente se distrair noutras coisas....



José Sousa: 
Qual a tua definição de motociclista? Como surgiu esse teu bichinho pelas 2 rodas?

Nuno Oliveira:
Bom... eu ando de mobilete desde os 12 anos... depois passei para a DT, mais tarde uma 125..... e depois quando casei e tive o primeiro filho tive de abandonar tudo durante longos anos......
só agora cerca de 20 anos depois... aos 40., é que resolvi voltar as 2 rodas....



José Sousa:
Por certo já apanhaste alguns sustos! Chegaste a pensar ou dizer, “andar de moto nunca mais!”?

Nuno Oliveira:
Quando era mais novo andava muito com uma roda, caia varias vezes, arranhava-me todo mas nunca me magoei a serio.... agora com a 650 só penso que se cair alguma vez nao estarei cá para contar a historia..... é demasiado rápida e pesada .... felizmente só cai na mota 2 vezes, com ela parada e deu para ver que não dá mesmo para cair em movimento.....
Na verdade considero-me meio maluco.... porque quando ando de mota sinto muita confiança e acho que abuso demasiado da sorte....




José Sousa:
Recordas-te da tua primeira moto? Partilha conosco algumas dessas primeiras peripécias.

Nuno Oliveira:
A mobilete era excelente, herdei-a do meu Pai... eu montava-a e desmontava com facilidade e pintei-a uma data de vezes.....nunca me deixou ficar mal.... e por vezes levava 2 e 3 amigos em cima sem nunca reclamar... tenho muita pena de a ter vendido ao desbarato... provavelmente ainda hoje funcionaria.



José Sousa:
Quais os conselhos que dás ou gostarias de poder dar a quem se inicia no mundo das 2 rodas?

Nuno Oliveira:
Os meus filhos eu não quero nada que andem de mota...... normalmente tento desincentivar ao maximo porque acho muito perigoso e ainda por cima com o transito de hoje em dia... mas penso que quem não andou de mota na adolescência dificilmente ficara apto para começar a conduzir mais tarde....



José Sousa:
Pergunta da praxe: Qual a mota e viagem de sonho? Sozinho ou acompanhado?

Nuno Oliveira:
Há 5 anos atrás, eu já tinha esquecido as motas.... quando numa viagem que fazia de carro com a minha mulher parou uma 1000 á frente na bomba de gasolina com um casal de estrangeiros.... quando tiraram os capacetes... eram os cabelos todos brancos e o casal deveria ter mais de 70 ou 80... foi o momento em que decidi que iria voltar á estrada e preparar-me para poder fazer uma grande viagem daqui a uns anos valentes..... então optei por comprar uma 650 para ir treinando e não enferrujar...


José Sousa:
Gostaria que adicionasses uma foto tua que melhor te definisse como pessoa e motociclista.
Muito obrigado e bons negócios.


Nuno Oliveira:
Vou ver o que arranjo... depois envio...
Melhores cumprimentos,
Nuno Oliveira
nobrinde.com





Da empresa, especialidades:

  • marketing promocional
  • brindes
  • tampografia
  • serigrafia
  • impressao digital
  • transfers
  • estamparia
  • laser

Sede Matosinhos
Ano de criação 1989
Nº de funcionários 100
Volume de negócios 5 milhões de euros (previsão 2009)
Países em que está presente Portugal, Espanha, Angola, Londres (2010)


Mercado externo pesa 25% na facturação

Uma das etapas mais recentes da Nobrinde é a internacionalização. Há quatro anos, a empresa começou a marcar presença na segunda feira europeia mais importante do sector, que decorre em Madrid. A partir daí, começou a fazer negócio em território espanhol, essencialmente ao nível da revenda. Angola foi o passo seguinte. "Há três anos, fui a Angola por causa de um negócio de 'franchising'. Actualmente, temos vários agentes e conseguimos algumas vendas lá", refere Nuno Oliveira, que explica que o mercado externo já pesa 25% na facturação da empresa. O passo seguinte é chegar a Londres. "Em 2010, esperamos começar em Londres em grande. Fizemos uma parceria com um jornalista que está lá e que tem um jornal e uma rádio. Existem mais de mil empresas portuguesas e brasileiras em Londres", precisa Nuno Oliveira. A Nobrinde, que tem crescido a uma média de 20% ao ano, espera facturar seis milhões de euros no próximo ano, que comparam com os cinco milhões previstos para 2009 e os com os 4,4 milhões de euros de 2008. Como tem sido possível crescer em época de crise? "Ao contrário do que se pensava há 10 anos, o brinde já não é considerado superficial. Bem pelo contrário: é dos meios publicitários mais eficientes", defende Nuno Oliveira. - fONTE http://www.jornaldenegocios.pt

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