O que aprendemos nas duas primeiras corridas é que a tarefa de Suzuki e Aprilia para reduzir o atraso para Honda, Yamaha e Ducati é enorme…
Com 19 anos de experiência de MotoGP™ para a Motorcycle News, Matthew Brit conhece o campeonato por dentro e por fora. Em 2015 ele junta-se à equipa do motogp.com para lhe trazer notícias exclusivas e a sua opinião desde o paddock.
O que também aprendemos é que por mais rápido que o mais velho Valentino Rossi se torne, o quinto lugar de Marc Márquez no Qatar foi um mero contratempo e que a Ducati parece ser uma séria candidata ao título pela primeira vez em sete anos.
Além disso, vimos o quão alto a Honda, Yamaha e Ducati colocaram a fasquia em termos de desenho de máquinas capazes de vencer o Campeonato do Mundo de MotoGP™.
Além de intensa luta entre os pilotos pela glória em 2015, a batalha pela supremacia técnica está fortíssima, com a Ducati a mostrar-se finalmente ameaçadora perante o que o tem sido o recente domínio nipónico do MotoGP™.
Foi fantástico ver, no fim‑de‑semana passado em Austin, três marcas na primeira linha da grelha e no pódio.
Contudo, o tamanho da tarefa da Suzuki e Aprilia para reduzir o atraso para Honda, Yamaha e Ducati é enorme.
O ressurgimento da Ducati vai seguramente dar grande alento à Suzuki e Aprilia, que estão perante o exigente desafio de tentarem construir protótipos de 1000cc competitivos desde o início.
A Suzuki GSX-RR garantiu duas presenças nos dez primeiros em Austin no fim‑de‑semana passado. Um resultado de monta naquela que foi apenas a segunda corrida da marca, mas mais um claro sinal de quanto trabalho há ainda pela frente.
O problema da Suzuki está aos olhos de todos. É simplesmente demasiado lenta. Na recta de 1,2 km de Austin no fim‑de‑semana passado estima-se que Aleix Espargaró e Maverick Viñales estavam a perder 0,4s só nessa secção da pista.
Na Argentina neste fim‑de‑semana há mais uma longa recta de sexta velocidade onde as motos vão rodar perto 335 km/h, o que vai voltar a expor a fraqueza da Suzuki.
A Suzuki espera ter pronto novo e mais potente motor para testar em Junho, no teste pós-corrida da Catalunha.
Mas não se trata de afinação do moto. Eles têm de dar um grande salto em termos de potência e conseguir mais não será fácil. A Suzuki não quer perder a suave e boa entrega de potência nos regimes baixos para ganhar prestação nos limites superiores da curva de prestação. E não quer seguramente perder fiabilidade enquanto busca potência.
O motivo pelo qual a Suzuki teve de sacrificar a potência deveu-se ao facto de se ter debatido com problemas de fiabilidade no final da época passada. E ao procurar o motivo dos problemas de fiabilidade com que o piloto de testes Randy de Puniet se deparou em Valência a Suzuki perdeu, pelo menos, 12 semanas à procura de fiabilidade quando o que precisam de procurar é prestação.
Neste momento está a ser testada uma transmissão seamless no Japão e esta deverá estar pronta mais para o final da época. Mas a principal prioridade, de acordo com o patrão da Suzuki Davide Brivio, é conseguir mais velocidade do motor.
O piloto da Aprilia Álvaro Bautista foi 15 em Austin deve ter tido o sabor a pódio para a marca de Noale após difícil regresso à categoria rainha desde 2004.
A RS-GP ainda está na sua infância. De acordo com Bautista tem faltas na maioria das áreas, em particular a meio da curva.
E o presente chassis tem problemas de equilíbrio.
A frente torna-se demasiado pesada em travagem e depois não há peso suficiente na frente quando Bautista e Marco Melandri tentam acelerar.
Suzuki e Aprilia sabem que o caminho que está pela frente é longo e cheio de obstáculos. Mas a Ducati já mostrou que pode ser feito.
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