A forma como deve ser feita é motivo de muita discussão e neste artigo apresentaremos aquela que para nós é a melhor solução tendo sido baseada em muita pesquisa, alguma conversa com os mais entendidos e também na nossa própria experiência.
Uma boa manutenção da corrente passa pela limpeza da mesma e em seguida da aplicação correcta de um bom lubrificante. Para além disso, de vez em quando convém verificar a folga e também o alinhamento após a eventual montagem da roda de trás.
Com que frequência se deve lubrificar a corrente?
No manual da moto deve constar de quantos em quantos quilómetros deve a corrente ser lubrificada. A verdade é que não é possível dizer um intervalo de quilómetros fixo a cada qual a corrente deve ser lubrificada porque vai depender de muitos factores como o clima, temperatura, tipo de uso que se dá à moto, onde é guardada e outros. Por exemplo com tempo chuvoso a lubrificação da corrente deve ser feita mais frequentemente porque a água retira o lubrificante. O importante é saber analisá-la para determinar se precisa de ser lubrificada.
Outro aspecto importante é lubrificar a corrente antes de uma viagem longa.
Como saber se a corrente precisa de lubrificação?
Uma corrente lubrificada tem um aspecto húmido. Se ao analisar a corrente esta estiver seca e baça é sinal que precisa de ser lubrificada.
Como limpar a corrente
A limpeza da corrente antes da lubrificação é importante para retirar a sujidade que se agarrou ao lubrificante como poeiras e areias que apenas estão a aumentar o atrito no movimento dos elos da corrente. Mas é importante saber como limpá-la correctamente pois pode-se obter o contrário do efeito desejado e acabar por danificar a corrente.
A melhor forma de limpar uma corrente é recorrer bons desengordurantes pensados e desenvolvidos para correntes de motas e que não atacam os O-rings, que são pequenos anéis de borracha presentes entre os elos.
Muitos optam por lavar a corrente com querosene, que é um produto derivado do petróleo, ou mesmo gasolina. A verdade é que para correntes com O-rings isso não deve ser feito porque são produtos muito agressivos e acabam por ressecá-los.
Também o uso de WD-40 deve ser evitado porque ataca os O-rings de duas maneiras: tem o efeito de dilatar a borracha retirando-lhe as propriedades que a caracteriza e para além disso é também um desengordurante bastante poderoso podendo assim retirar toda a sua lubrificação, à semelhança do querosene.
A forma mais fácil de limpar a corrente é colocar a mota em ponto morto no cavalete ou descanso central e ir aplicando o produto e com uma escova limpando. É bem pensado colocar um recipiente por baixo para não sujar o chão. Para quem não tem cavalete ou a mota não possua um descanso central há que ir levantando a traseira da mota e rodando a roda.
Uma boa altura para limpar a corrente é ao lavar a moto.
Como lubrificar
Além da importância de lubrificar a corrente da moto há ainda a de não lubrificar demais. Pode ser enganoso pensar que quanto mais lubrificante tiver melhor será mas não só é desnecessário como poderá salpicar o pneu traseiro e provocar uma queda. Há portanto que fazer um uso moderado do lubrificante, nem muito nem pouco.
A lubrificação deve ser feita recorrendo a um bom lubrificante que seja pensado para o uso em correntes de motos. Actualmente existem produtos que contêm aditivos que fazem com que o lubrificante se cole à corrente e também repele a água e poeiras.
Deve-se evitar os lubrificantes gerais que se vendem nas lojas de ferragens porque contêm óleos muito “finos” e não lubrificam nada.
A evitar está novamente o WD-40 que não lubrifica a corrente mas faz o efeito contrário, retira a lubrificação e até de forma excessiva chegando a poder afectar os O-rings, como já foi dito.
Recorrer a óleos para motos de competição pode ser o pensamento de muitos em como virá a fazer um melhor trabalho. Mas não é bem assim. Esses lubrificantes são pensados para andamentos que não correspondem ao do uso normal. Por exemplo a sua capacidade de lubrificação pode ser mais eficaz a temperaturas mais elevadas fazendo com que apenas lubrificasse bem numa mota normal em auto-estrada em que a corrente aquece mais.
A lubrificação deve ser feita preferencialmente com a corrente quente e seca e de um dia para o outro (ou pelo menos não se deve andar logo a seguir) para que o lubrificante penetre bem nos elementos da corrente.
Mais uma vez o cavalete ou descanso central podem vir a ser úteis.
É importante não salpicar o pneu nem o disco traseiro porque pode provocar uma queda e para além disso o travão de trás deixará de travar. Aconselhamos o uso de uma folha de papel atrás da corrente no sítio onde quer lubrificar para que os salpicos não atinjam os ditos sítios.
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