sexta-feira, 14 de junho de 2013

À PENDURA COM... RUI MARINHO




JS: Bom dia Rui. Uma coisa que não percebi muito bem, é a diferença entre um “motard” e um “motociclista”! Existem amigos meus que ficam “ofendidos” se lhes chamo “motard”!! Do teu ponto de vista existem diferenças para além da gramática?

RM: Embora ambas definam a mesma coisa penso que não devemos utilizar termos não nacionais pelo prefiro sempre ser “motociclista”



JS: Rui, como é que te iniciaste no meio das duas rodas? Foi por paixão ou circunstancial?

RM: Com cerca de 14 anos o meu pai ofereceu-me uma Casal Boss 50 de 2 velocidades. Embora até aquele momento nunca tivesse prestado a mínima atenção às motos foi aí que começou a paixão pelas 2 rodas…com motor!



JS: Como foi trabalhar na ou para Harley Davison? Ficaste fã da marca americana?

RM: Fui o primeiro funcionário da H-D Porto e se no inicio existe a estranheza pelo tipo de condução e a imagem errada de que são um pouco rudimentares em termos de tecnologia, a verdade é que a Harley-Davidson , apesar da imagem conservadora que tem de manter, tem uma certa sofisticação na construção e desenvolvimento da sua gama . São motos que nos conquistam quando as conduzimos mas o que mais me impressionou foi o profissionalismo exigido a todos os que trabalham na marca sendo sem dúvida a mais avançada em termos de marketing com que trabalhei até hoje.



JS: Se bem tenho conhecimento, és o sócio nº 10 do Moto Clube do Porto, um dos maiores moto clubes portugueses! O moto Clube é mais do que um ponto de encontro?

RM: Sou um dos sócios fundadores do MCP e com muito orgulho. É um clube virado para o Mototurismo, onde somos uma família e não existe distensão entre pessoas pela moto que possuem. Foi o MCP que criou o Lés a Lés , acarinhou os Motos ralis , os baptismos de moto, a festa da Moto (que este ano é no Palacio de Cristal),…bem com eventos culturais na sua sede.



JS: Que conselhos daria a quem se inicia no mundo das duas rodas e/ou pretende adquirir uma mota?

RM: Penso que deverá começar pelas cilindradas mais baixas e ganhar experiencia para na altura certa passar para modelos mais potentes. Tão importante como a moto é o equipamento de protecção. Por isso na compra de uma moto reserve sempre uma verba para o equipamento nem que isso implique ir para um modelo mais barato.


Breves:

1ª mota: a minha primeira foi uma Casal Boss 50 cc

Mota de sonho: Sou um sonhador pelo que não ficaria por um só modelo . Gostaria de ter uma desportiva, uma naked e uma turística para passear com a minha mulher

Blog: http://rmstyle-motopassion.blogspot.pt/



Rui Marinho

NORBOXE

TM : 915682237

Tel.224947143

geral@norboxe.com
http://www.norboxe.com

http://www.facebook.com/norboxe



Por Rui Marinho - sócio nº 10 MC PORTO de 14 de Maio de 1986


Até cerca dos 15 anos nunca me tinha interessado por motos mas um dia o meu pai apareceu em casa com um veículo novo para substituir a minha bicicleta: uma Casal Boss azul.
Foi nesse dia que me tornei um motociclista!
Tratei tão bem dela que, anos mais tarde, o meu pai resolveu oferecer-me uma Yamaha 50. Eram os tempos da RD com travão de disco e conta rotações mas para minha surpresa recebi uma 50 SS com travões de tambor, cor de tijolo com guarda lamas cinza tipo 2º Guerra Mundial. Como sempre na vida nunca me senti inferior ou superior pelos bens materiais que possuo e fiquei muito contente pelo presente que era sem dúvida muito melhor que a minha Casal.
Atingindo a maioridade tirei em simultâneo a carta de condução de carro e moto mas devido ao meu passado nos veículos de duas rodas o meu pai foi mais benevolente em aceitar colocar o "ovo amarelo" dos recém encartados na sua moto do que no carro.
Por questões de necessidade de comprar um carro para trabalho tive que vender a moto que tinha e vários anos mais tarde, trabalhando já no ramo das 2 rodas, voltei a ter uma com a ajuda da minha mulher que preferiu andar comigo de moto a termos um armário roupeiro no quarto...
Várias motos se seguiram ao longo destes anos mas depois de ter a possibilidade de experimentar inúmeros modelos só posso dizer que, independentemente da sua potência, tamanho ou estética, eu tenho de sentir prazer na sua condução. Com 49 anos continuo a conduzir moto quase todos os dias, faça chuva ou sol e apesar de ter a possibilidade de poder conduzir modelos topo de gama é habitual verem-me numa scooter 125... e com um sorriso na face!
Mas como é que o Moto Clube do Porto entrou na minha vida? Tudo começou quando numa noite quente estando eu a passear na minha GT 380 (a tal da foto) na Rua do Campo Alegre sou apertado por um Renault 5 em que alguém lá de dentro (Ernesto Oliveira) me dá um fotocópia de algo com uma roda de bicicleta com asas e me diz : "Junta-te ao Moto Clube do Porto !". Tornei-me o sócio nº 13 mas como eu e o Carlos da Horizmoto ficamos com o mesmo número passei a ser o 22. Este relacionamento com o clube dura há 25 anos e a RM Style ou as firmas de que fiz parte sempre acarinharam este clube de amigos.
Gostaria de terminar lembrando a primeira e única Concentração de Motos que o Moto Clube do Porto realizou. Foi no Parque de Campismo da Madalena onde alugamos uma tenda de circo para as pessoas terem aí as suas refeições enquanto viam o Grande Prémio de Motociclismo nas várias televisões aí colocadas ligadas à recente tecnologia das antenas parabólicas. Tivemos uma empresa de catering a servir e, para além de vários prémios pelos inscritos ,sorteamos... uma moto BMW. Este trabalho fantástico foi desenvolvido principalmente pelo Mário Campos e eu a minha mulher estivemos lá para ajudar. Recordo um pequeno grupo simpático que lá se encontrava que nunca se queixou de nada e mais tarde veio a fazer também história: o Moto Clube de Faro.

Sem comentários:

Enviar um comentário